Voltar para: Hipnose: Complementar a Psicanálise Clínica – 60h
Seja bem vindo (a) a disciplina de Hipnose e Regressão em Psicanálise
Disciplina com olhar psicanalítico sobre a hipnose e regressão.
Olá car@s alun@s como vimos na disciplina introdução e história da psicanálise sobre a introdução da teoria de psicanalítica de Freud, a hipnose fez parte de nossa área, mas agora veremos a partir da visão contemporânea e pós Freud transcorrer sobre essa área terapêutica.
Então vamos lá?
Veja o infográfico elaborado na Escola para exemplificar a literatura científica que trata da problemática relacionada aos "sonhos" conforme a Interpretação dos sonhos de Freud:
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Freud e o seu encontro com a hipnose
Ocorreu um cochilo, um período de relativo esquecimento de trinta e mais anos no mundo das atividades hipnóticas. Como responsáveis por esse eclipse os historiadores apontam a popularidade da psicanálise e a pessoa de seu fundador, Sigmund Freud, que rejeitou posteriormente o hipnotismo em seu método terapêutico criando a livre associação como já vimos. Acontece que o homem destinado a assestar ao hipnotismo semelhante a golpe, se tornou posteriormente responsável pela sua ressurreição. Já se disse que a volta triunfal do hipnotismo em bases psicológicas modernas é largamente devida a psicanálise, veremos mais a frente qual a diferença da psicanálise na época de Freud e de hoje.
Podemos dizer ainda que as suas técnicas modernas de hipnose, são uma consequência direta da orientação e penetração psicanalíticas. Fazendo nossas as palavras de Zilboorg, ninguém duvida atualmente de que a influência e os efeitos do magnetizador ou hipnotizador se fundam essencialmente, senão exclusivamente, nas profundas reações inconscientes do sujeito. O conceito do inconsciente ainda era desconhecido na época de Braid e coube a este formular de uma maneira puramente descritiva o que sentia intuitivamente. Em outro capítulo tornaremos a falar na contribuição da psicanálise à psicologia hipnodinâmica e à moderna hipnoterapia, e na figura de Freud como personagem na história do hipnotismo.
Freud e a Hipnose
Querid@s alun@s (as) vimos que por influência de Charcot e de outros grandes neurologistas do século XIX, dentre os quais Joseph Breuer (à época seu amigo pessoal), os quais faziam uso da hipnose no tratamento da histeria, Sigmund Freud inicialmente utilizou a técnica hipnótica para cuidar de suas pacientes histéricas. E foram justamente os impasses que encontrou no emprego desse método que levaram o jovem médico vienense a inventar uma nova técnica psicoterapêutica que viria a batizar de psicanálise.
(…) Vale dizer que Breuer e Freud faziam um uso assaz específico da hipnose, distinto da maneira como Charcot e os demais médicos utilizavam o procedimento. Para utilizar uma nomenclatura que atualmente é familiar para a maioria de nós, o médico francês empregava o hipnotismo apenas como uma maneira de fazer com que o paciente tivesse “adesão ao tratamento”. Dito de outro modo, a hipnose funcionava para Charcot como um tratamento sugestivo. Se uma paciente apresentasse, por exemplo, uma cegueira histérica, bastava colocá-la em estado hipnótico e ordenar a ela que voltasse a enxergar quando fosse despertada. De fato, ao sair da hipnose, a doente voltava a enxergar. Contudo, os motivos pelos quais ela havia temporariamente perdido a visão permaneciam ocultos.
As limitações da hipnose no início da psicanálise
Apesar de os dois médicos terem realizado diversos tratamentos bem-sucedidos utilizando esse método, Freud não estava muito satisfeito. Afinal, embora conseguisse através da hipnose levar o paciente até os pontos de sua vida em que os “traumas” haviam acontecido, a questão referente aos motivos pelos quais o doente permanecia impedindo que tais eventos fossem rememorados permanecia sem resposta. Em alguns casos, a resistência do paciente a algumas lembranças era tanta que, nem mesmo sob hipnose, o paciente era capaz de se lembrar delas.
A Formação em Psicanálise Clínica e a Compreensão da Hipnose sobre um outro olhar.
Muitas pessoas que realizam a formação em psicanálise esperam que as escolas lhes entreguem um passo a passo ou uma técnica nesta área, no entanto esse não é o propósito das formações psicanalíticas.
Iremos a visão da hipnose antes e hoje no olhar contemporâneo da psicanálise. Embora inclusive seja uma técnica muito interessante, Freud não se aprofundou pois criou a sua própria técnica terapêutica como estamos vendo na formação: livre associação e interpretação dos sonhos.
Na na Psicoterapias Breves de Orientação Psicanalítica (PBOP) a utilização desta técnica pode ser uma sugestão, se bem usada e apenas como complementar ao processo psicoterápico e obedecendo as sessões mínimas de PBOP.
Se tomamos como base a psicanálise freudiana estrutural veremos que as causas a construções na concepção terapêutica de Freud, enquanto a hipnose poderia ser comparada a um procedimento cosmético, a Psicanálise seria semelhante a uma cirurgia (Freud, 1917 523–527), isto porque a superficialidade das abordagens sugestivas não permitiria o acesso ao jogo de forças dos conflitos inconscientes, o que teria, como provável conseqüência, o retorno da sintomatologia habitual ou o aparecimento de uma nova.
Os resultados das terapias hipnóticas e sugestivas apresentavam, nesse sentido, um considerável problema: quando não eram transitórios, como ocorreria na maioria das vezes, poderiam até ser duradouros, mas contariam como inconveniente de permanecerem inexplicados
Mas caro aluno (a) saiba que a hipnose não foi uma criação da psicanálise.
A Hipnose é tão antiga quanto a humanidade. Diversos autores relatam prática hipnóticas em tempos e povos antigos, como gregos, egípcios, tupis, etc. A história, digamos, moderna da hipnose começou em 1776, com a tese de doutorado do médico alemão Franz Anton Mesmer. Na época, ele defendia a ideia de que a atração gravitacional entre a Terra e outros corpos celestes poderia afetar a saúde dos seres humanos.
Logo depois, ele começou a aplicar técnicas semelhantes às da hipnose moderna em pacientes. O médico dizia que o corpo humano era composto por fluidos magnéticos, e que quando esses fluidos entravam em desequilíbrio, poderiam causar diversos problemas — por isso, deveriam ser corrigidos.
O médico chegou a fazer sucesso com sua clínica em Paris, na França. Porém, anos mais tarde foi chamado de charlatão por outros cientistas. Suas técnicas foram proibidas e viraram sinônimo de feitiçaria e motivo de chacota. Mesmer foi um visionário e cientista além de seu tempo: renomados físicos atuais afirmam que a Teoria física proposta por Mesmer era inadequada para sua época, pois está mais adequada às teorias atuais da física quântica.
Só que nem todos duvidaram do método. Em 1843, o médico escocês James Braid deu continuidade aos estudos, porém, com uma abordagem mais aceita pela comunidade científica da época. Foi ele quem batizou a técnica com o nome pelo qual é conhecida atualmente, hipnose — que vem de Hypnos, deus grego do sono.
Também por isso, até os dias de hoje, muitas pessoas fazem confusão entre o transe e o sono profundo. Inclusive, ao se dar conta de que são dois estados completamente diferentes, Braid até tentou alterar o nome, mas já era tarde. O termo já era bastante usado no meio científico e popular.
Recapitulando (…)
Vimos na disciplina de introdução e história da psicanálise que Jean-Martin Charcot, considerado o pai da neurologia, professor de Freud utiliza esta técnica e que mas tarde Freud também a utilizou como técnica. fundador da psicanálise, aplicou a hipnose profunda no começo de sua carreira e acabou por abandoná-la, pois, ele a utilizava para a obtenção de memórias reprimidas (Freud não sabia que nem todas as pessoas são suscetíveis à hipnose profunda facilmente). Freud abandona a hipnose porque a sugestão hipnótica dura algum tempo, mas não é permanente. Assim os sintomas tendiam a voltar. Através da psicanálise, Freud faz o paciente dar-se conta da causa de seus sintomas, tornando o motivo inconsciente dos sintomas consciente e realizando assim uma cura duradoura.
Vamos tomar hipnose como esse fato empírico, constatável, que envolve um estado alterado de consciência e a produção de fenômenos “estranhos”, pela fala. Porque é basicamente isso, essa relação privilegiada entre fala e ação no outro o que se toma universal e consensualmente como hipnose.
Relação privilegiada, enquanto possibilidade de radicalização e produção de fenômenos até absurdos. É isso que permite tanto a um hipnotizador de orientação reflexológica ou outro de orientação psicanalítica (para citar apenas dois tão radicalmente opostos) reconhecerem imediatamente um sujeito como hipnotizado.
Ao falarmos de hipnose e psicanálise, precisamos entender sobre o setting psicoterápico que constitui-se como base sólida e permanente para o processo terapêutico ter início. A segurança de um local que, em silêncio permeará todas as sessões, dá ao terapeuta e ao paciente definições claras sobre seus papéis e sobre a técnica. Assim, o terapeuta pode encontrar soluções até mesmo quando algo lhe foge o controle, pois ele terá um ambiente seguro e regras técnicas bem fundamentadas e incorporadas por ele em seu modo de agir.
Poder retomar ao enquadre sempre que houver necessidade é a segurança de que estamos no caminho certo, como terapeutas, de que sabemos qual é o nosso lugar, mantendo, por exemplo, a neutralidade e a abstinência.
Separamos um vídeo do Psicanalista Christian Dunker pretende responder a algumas dúvidas frequentes relacionadas à psicanálise.
Hipnose e Psicanálise: Semelhanças e Diferenças
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Comprovação Neurológica Da Hipnose
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Hipnose - Histórico e Termos
HISTÓRICO
Nos achados da Antiguidade, encontra-se textos, com mais de 4.500 anos, que nos relata como os sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o Transe – um estado diferenciado da consciência usual – para realizar diagnósticos objetivando curas. Podemos considerar esses registros como sendo os mais antigos documentos a citarem o transe em sua função terapêutica, um hábito comum à diversas culturas naturalistas.
O TERMO HIPNOSE
O termo Hipnose abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamento e na memória, inclusive desencadeando reações neurológicas, endócrinas e metabólicas.
NOMENCLATURAS
HIPNOSE: Estado de estreitamento de consciência ou atenção, provocado artificialmente, parecido com o sono, mas que dele se distingue fisiologicamente pelo aparecimento de uma série de fenômenos espontâneos ou decorrentes de estímulos verbais ou de outra natureza, um indivíduo tratado com hipnose pode manifestar:
TRANSE: é um estado altamente focalizado de atenção. Portanto, dizemos estar em transe aquela pessoa que tem sua atividade psíquica voltada para uma direção específica, como por exemplo: estar com a atenção absorta em um filme, uma história, uma música e assim por diante; estes tendem a serem transes leves, mas o que acontece quando se potencializa este processo? Em um sonho, pensamos e sentimos de acordo com a realidade deste, o mesmo se processa em um transe, que neste caso pode ser diferenciado do sonho devido ao fato de se ter uma direção do conteúdo colocada pelo próprio paciente e/ou pelo hipnotista.
HIPNOLOGIA: Estudo da natureza da Hipnose a investigação científica de seus fenômenos a repercussões;
HIPNOANÁLISE: É a análise feita em cada caso, estudo pormenorizado do(s) problema(s) de um paciente para programar uma sessão terapêutica;
HIPNOTERAPIA: Terapia feita através da hipnose, como ato psicológico;
HIPNODONTIA: Hipnose como ato odontológico;
HIPNIATRIA: Procedimento ou ato médico que utiliza a hipnose como parte predominante do conjunto terapêutico, empregando técnicas curativas;
HIPNOSE DE PALCO: Utilizada em shows;
HIPNOTISTA: Profissional que pratica a hipnose;
DEHIPNOTIZAR: Ato de retirar o paciente do transe hipnótico.
O termo HIPNIATRIA fora criado em 1968 pelos professores Miguel Calille Jr. e A. C.M.Passos, constatando a tese elaborada por este último, em monografia de 1974, sendo unanimemente considerada por todas as escolas de hipnose do Brasil. Esta nomenclatura foi feita em analogia com as outras especialidades médicas ( Pediatria, Psiquiatria, Foniatria, Fisiatria etc) onde o sufixo grego YATROS (médico) origina IATRIA – ato médico.
ESTADOS E PROCESSOS DA HIPNOSE CLÍNICA
Uma sessão de hipnose consiste basicamente de 3 etapas:
Estado pré-hipnótico: É a preparação ao transe, são sugestão dadas antes da introdução ao transe, de forma que o sugerido ocorra uma vez que se esteja no sono terapêutico. Consiste em um relaxamento profundo e controlado pelo hipnólogo, baixando a freqüência cardíaca e os níveis das ondas cerebrais. Pessoas altamente sugestionáveis podem entrar automaticamente nesse estado, com o uso de chaveamento mental.
Estado hipnótico: Consiste em desarmar ou simplesmente desviar o censor crítico da mente. É a porta de entrada da mente para trabalhar as induções, sugestionamentos e condicionamentos, empregando técnicas como CONDEX (Condicionamento Externo), CONDIM (Condicionamento Interno), RECOM (Recondicionamento Mental), DESCON (Descondicionamento Mental)Regressão de idade, Progressão de idade, TVP (Terapia de Vidas Passadas), Energização, BLOREM (Bloqueio de Registros Mentais), CHAMEN (Chaveamento Mental), entre outras. Existem diversos níveis de escalas para o estado de sono terapêutico, as mais importantes são Hipnoidal, Média e Sonambólica e Catalepsia, sendo que as duas últimas, nem todas as pessoas conseguem atingir, dependendo das condições físicas, mentais e ambientais em que a pessoa se encontra no momento da sessão, nelas são possíveis fazer com que o paciente converse inconscientemente, abra os olhos, caminhe, etc (níveis necessários para se trabalhar técnicas de regressão); de forma geral, a hipnose clínica (Hipniatria) não necessita que o(a) paciente esteja no estado sonambólico, nem cataléptico. Cada hipnólogo possui sua própria técnica, desenvolvida e aprimorada por ele próprio ou estudada em cursos.
Obs: As técnicas condicionativas (COMDEX – CONDIM – RECOM – DESCOM) são as últimas palavras dentro da ciência da hipnologia, técnicas estas que abrem novos rumos para saúde humana, batizada pelo Prof. Luiz Carlos Crozera como HIPNOSE CONDICIONATIVA.
Estado Dehipnose: É a preparação e o retorno do censor crítico da mente ao seu estado normal, o restabelecimento das funções respiratórias e cardíaca, retirando o paciente do sono terapêutico.
“Freud abandonou a hipnose.” Essa frase você poderá ouvir ainda inúmeras vezes ao longo da sua vida como psicanalista! Mas antes disso recomendamos que entenda melhor sobre.
Inicialmente, em curso Psicologia e Psicanálise Clínica, como encerramento de qualquer comentário possível sobre as práticas hipnóticas. Afinal, se Freud deixou de lado sua aplicação, para que continuar a estudá-la?
Por outro lado, vemos ainda que hipnose de maneira mais aprofundada, a mesma frase era usada em cursos e entre colegas para marcar uma ruptura essencial com relação à Psicanálise. Acompanhavam essa frase justificativas como as de que Freud não sabia hipnotizar ou similares.
Vamos nesse tópico da disciplina propor um diálogo entre hipnose e psicanálise.
Mas então por que Freud abandonou a hipnose?
As hipóteses aqui são muitas. Freud comenta sobre sua relação com a hipnose diversas vezes ao longo de sua obra. Descreve o contato que teve com Charcot e Bernheim, que trabalhavam em pólos teóricos opostos.
Talvez o momento mais conciso de seu comentário sobre sua história com a hipnose tenha vindo a ocorrer na terceira parte das Conferências Introdutórias à Psicanálise em 1916. Freud diz que o motivo inicial de seu distanciamento se deveu ao fato de que o processo terapêutico sob influência hipnótica era incerto e duradouro. A eficácia da sugestão hipnótica tendia a diminuir ao longo do tempo.
Vale lembrar aqui que a hipnose da época de Freud se restringia apenas à sugestão direta e que os recursos terapêuticos que temos hoje ainda não existiam.
Tipos de sugestão na Hipnose
Atualmente são reconhecidos quatro tipos de sugestão: a direta, a hipnótica, a indireta e a autossugestão. A sugestão direta é aquela que se obtém devido à autoridade que uma pessoa exerce sobre outra sujeita a ela. A sugestão hipnótica é a que se obtém a partir de um transe hipnótico, o qual pode ser realizado por diferentes meios.
A sugestão indireta, por sua vez, é a que se realiza quando são incorporadas ideias das outras pessoas como se fossem próprias. E por fim, a autossugestão é a que o indivíduo exerce sobre si mesmo, de forma mais ou menos deliberada. A própria pessoa tenta se induzir a incorporar na sua mente uma ideia ou uma sensação. Como quando está frio e nos obrigamos a pensar “Eu não estou com frio, não estou com frio”, com o objetivo de auto se convencer disso.
Também há um subtipo na autossugestão. Trata-se da autossugestão voluntária. Ela ocorre quando um indivíduo, sem querer, acaba se convencendo de uma ideia. Às vezes se trata de uma ideia indesejada. Por exemplo, quando aparece alguma mancha na pele de uma pessoa e ela começa a pensar que é algo grave. Ela não vai ao médico para evitar que seu pensamento seja confirmado, mas tem certeza de que sofre de um mal terrível.
HIPNOSE ERICKSONIANA VERSUS PSICANÁLISE: uma visão contemporânea
Querido aluno (a) não cabe aqui fazer um curso sobre hipnose (hipnoterapia) mas sim descrever teoricamente a junção das técnicas atuais hipnose a visão da psicanálise sobre, e o que podemos se utilizar dela.
Um dos atendimentos clínicos mais famosos de Erickson data de 1945, quando este terapeuta demonstrou, para um pequeno grupo de colegas profissionais, sua abordagem singular em hipnoterapia no tratamento da “Srta. S”.
O caso ficou conhecido como “O Homem de Fevereiro”, papel assumido por Erickson para entrar em contato com a jovem durante as quatro sessões realizadas. Nessas sessões, Erickson empregou recursos clássicos da hipnose como regressão, distorção de tempo, escrita automática e amnésia, entre outros, descritos adiante, para explorar a infância e a adolescência da paciente, visando proporcionar-lhe novos caminhos para sua personalidade adulta.
Embora, à primeira vista, esse consagrado caso de Erickson possa assemelhar-se ao famoso caso “Anna O.” de Freud e Breuer, ali ficou evidente para estudiosos como Jerome Fink e Ernest Rossi – que organizou os registros das quatro sessões no livro “O Homem de Fevereiro” – que Erickson já acenava com importantes avanços quanto aos cânones da hipnose tradicional.
Rossi (ERICKSON; ROSSI, 2003) destaca, dentre outros, o uso da hipnose como um processo ativo de trabalho interno, o uso da vinculação, o uso de perguntas e da confusão na orientação do tempo como diferenciais importantes da hipnose ericksoniana em relação à tradicional.
A hipnose é um procedimento durante o qual um profissional de saúde ou pesquisador sugere a um cliente, paciente, ou sujeito que vivencie mudanças em sensações, percepções, pensamentos ou comportamentos.
O contexto hipnótico geralmente é estabelecido pelo procedimento de indução. Embora haja muitas induções hipnóticas diferentes, a maioria inclui sugestões de relaxamento, calma e bem estar. Instruções para imaginar ou pensar sobre experiências agradáveis também são comumente incluídas nas induções hipnóticas. Portanto o psicanalista pode utilizar está como paralela ao processo terapêutico e nesse processo o paciente deve esta ciente sobre tal procedimento.
Observa-se ainda que a hipnose não é um tipo de terapia, como a psicanálise ou terapia comportamental. Ao invés disso, é um procedimento que pode ser usado para facilitar a terapia, ou facilitar níveis “profundos” de comunicação. A hipnose clínica deveria ser usada apenas por profissionais apropriadamente credenciados e treinados que pratiquem dentro de sua área profissional de especialização, dentro do seu nível de competência.
A hipnose tem sido usada no tratamento da dor, depressão, ansiedade, estresse, desordens de hábitos e muitos outros problemas psicológicos e médicos. Entretanto, ela provavelmente não é útil para todos os problemas psicológicos ou para todos os pacientes ou clientes.
Deixamos como sugestão de filme dois filmes sobre a área de Hipnose e o Psiquismo:
https://www.youtube.com/watch?v=q7RBoBTNSKQ
Bom encerramos mais uma disciplina e como sugestão que assista o filme sugerido acima e realize a leitura complementar disponibilizamos os materiais abaixo para que você faça uma leitura atenciosamente e seu respectivo fichamento.
Hipnose em pacientes oncológicos – um estudo psicossomático em pacientes com câncer
A teroria do Setting Terapeutico
A HIPNOSE E O MÉTODO CATÁRTICO COMO
ATIVIDADE I – FICHAMENTO DE UM TEXTO DESTA DISCIPLINA envio para: psicanalise@institutogaio.com.br A/C Coordenação do curso de Psicanálise – Dúvidas entrar em contato com a Coordenação.
MODELO – RELATÓRIO DE FICHAMENTO DE TEXTO – FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE